sábado, 9 de junho de 2012

A real



"Na verdade não sei se sou tão forte assim. Basta uma troca de palavras com você para sentir tudo de novo. O cheiro, o gosto...Tudo!
Não sei se sei ser melhor aqui, vi além dos meus olhos e quase cega fiquei. Meu colírio, meu óculos escuros, meu par de meias, meu quase tudo.
Eu sentei na janela por algumas horas, pensando no tempo que ganhei e no tempo que perdi. Que talvez ao teu lado as coisas fossem diferentes.
Ah se meu passo tivesse sido mais curto, aonde estaríamos? Mas afinal quem esses olhos pensam que são para chorar ou lamentar hoje, após tanto tempo, se tu apenas fizesse o que tinha de fazer?
Quem é essa boca para falar se nada adianta, se já se sabe que você não vai ouvir?
Que corpo é esse para querer de novo as mesmas sensações e emoções que tinha com o seu em baixo dos lençóis, quando seu corpo já encontra outro?
Que mãos são essas que apenas querem sentir mais uma vez, nem que seja a última, as características do seu rosto para que os dedos pudessem decorar os traços.
E que direitos tem meu pensamento de pensar em voltar, quando nada adiantaria?
Eu continuaria olhando do lado de fora, esperando você." - Paola Trebbi Dietzold

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