segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tudo novo, de novo.


Quando eu planejei andar sobre a corda bamba, me jogar do prédio mais alto, eu estava preparada. Acreditei ser um sonho tão irreal que nada poderia me atingir ou preocupar.

Era apenas um sonho. Não importava a altura que eu caísse, ao chegar perto do chão eu acordaria e tudo voltaria ao normal.

Minhas paixões geralmente são assim. Algumas vezes sonho que estou dentro do mar, perto de algumas pedras e quando olho à minha frente, o sol está sendo coberto por uma enorme onda, prestes à me atingir. Várias vezes essa onda bateu em mim, estava prestes à me afogar quando acordei, ou quando finalmente cheguei à superfície. Outras vezes eu mergulhava, atravessando essas paredes de água.

Eu tinha duas opções: eu poderia enfrentar o 'pesadelo' que poderia ser para mim ficar sozinha; ou poderia deixar com que aquela onda me afogasse, uma hora ou outra eu iria acordar e voltar ao normal.

Eu estava tão acostumada em pensar em ficar sozinha, manter o foco e depois voltar para aonde talvez eu nem devesse ter saído. Tão distraída, não pude notar o efeito de só o fato de sentir seus dedos entrelaçando com os meus causou no meu corpo. Senti meu estômago se refazer à cada segundo em que você me beijava, tão carinhosamente, delicadamente e ao mesmo tempo forte, intenso. Fazendo com que parecesse que tudo em volta, e o que acontecia naquela hora, já pertencesse à nós dois.

Eu sentia à cada segundo, principalmente quando você me abraçava, que meu corpo era feito sob medida para caber no seu abraço.

Por : Paola Trebbi Dietzold

Nenhum comentário:

Postar um comentário