"Dói,
Mas dói baixinho,
Como um sopro no ouvido.
Não é sempre, é quase nunca,
Mas dói.
Dói como cortar entre os dedos com papel,
Que é mais uma dor ardida que passa.
Dói como acordar de mau jeito no dia de folga,
Mas que qualquer afago cura por hora.
Dói como uma farpa fina que não quer sair,
E eu esqueço de tirar,
Pois toda vez que vem essa dor,
Eu não consigo não lembrar do que também foi bom."
Por: Paola Trebbi Dietzold
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