Quando eu planejei andar sobre a corda bamba, me jogar do prédio mais
alto, eu estava preparada. Acreditei ser um sonho tão irreal que
nada poderia me atingir ou preocupar.
Era
apenas um sonho. Não importava a altura que eu caísse, ao chegar
perto do chão eu acordaria e tudo voltaria ao normal.
Minhas paixões geralmente são assim. Algumas vezes sonho que estou
dentro do mar, perto de algumas pedras e quando olho à minha frente,
o sol está sendo coberto por uma enorme onda, prestes à me atingir.
Várias vezes essa onda bateu em mim, estava prestes à me afogar
quando acordei, ou quando finalmente cheguei à superfície. Outras
vezes eu mergulhava, atravessando essas paredes de água.
Eu tinha
duas opções: eu poderia enfrentar o 'pesadelo' que poderia ser para
mim ficar sozinha; ou poderia deixar com que aquela onda me afogasse,
uma hora ou outra eu iria acordar e voltar ao normal.
Eu estava tão acostumada em pensar em ficar sozinha, manter o foco e
depois voltar para aonde talvez eu nem devesse ter saído. Tão
distraída, não pude notar o efeito de só o fato de sentir seus
dedos entrelaçando com os meus causou no meu corpo. Senti meu
estômago se refazer à cada segundo em que você me beijava, tão
carinhosamente, delicadamente e ao mesmo tempo forte, intenso.
Fazendo com que parecesse que tudo em volta, e o que acontecia
naquela hora, já pertencesse à nós dois.
Eu sentia
à cada segundo, principalmente quando você me abraçava, que meu
corpo era feito sob medida para caber no seu abraço.
Por : Paola Trebbi Dietzold
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